Academia básica

Conheça os pontos fortes e fracos da esteira, do "transport" e da bicicleta, a cesta básica de qualquer academia, das profissionais às salas de ginástica dos condomínios.

Qualquer um destes aparelhos pode ser usado para a parte aeróbica e de aquecimento do treino. Mas há diferenças entre usar cada um.

• A esteira é a que leva ao maior gasto calórico (menos 520 kcal por hora). "Ela envolve mais grupos musculares, por isso gastamos mais energia para fazer o exercício", diz André Augusto Silva, professor da academia Competition, em São Paulo.

• Mesmo considerada a mais eficiente para emagrecer, a esteira é a menos indicada para quem está acima do peso. Os quilos extras causam uma sobrecarga na coluna lombar e nos joelhos, o que pode levar a lesões.

• Mesmo para quem está no peso ideal, correr na esteira causa impacto nas articulações. A esteira limita a passada e alinha o pé. Isso pode aumentar o risco de lesão de joelho e quadril
• A esteira deveria ser a escolha de quem treina para correr na rua, por simular a situação mais próxima dessa atividade.

Já a bicicleta ergométrica e o "transport" eliminam o problema do impacto. Pode ser bom para quem tem alguma lesão, mas não serve se o objetivo é aumentar massa óssea, o que acontece quando há impacto.

• Uma vantagem da bike é que ela é mais eficaz para fortalecer alguns grupos musculares: quadríceps, panturrilha e a parte de baixo dos abdominais, além de secar 400 kcal por hora
• A bicicleta ergométrica é contra-indicada para quem apresenta problemas articulares, quem fez cirurgia do joelho recentemente, teve hérnia de disco há menos de seis meses ou tem desgaste na articulação do joelho ou quadril.

Por falar em músculos específicos, a fama de fortalecer os glúteos do "transport" não é só conversa de academia. "É o melhor para trabalhar a parte posterior da coxa e as nádegas", diz Silva, que também indica o aparelho para quem quer ganhar impulso na corrida.


* Fonte: Caderno Equilíbrio & Saúde - Folha de São Paulo